segunda-feira, 19 de abril de 2010

Proselitismo político à custa da Religião

Manaus, AM

Estaria a Igreja de Cristo disposta a fazer o mesmo?

Segue um texto coletado na internet sobre o proselitismo político que se utiliza da religião, segundo a visão do espiritismo. Irmão, leia, mas não vá se bandear para o lado de lá.

"Na defesa de seus interesses, os adeptos do Espiritismo não precisam eleger parlamentares para o Congresso Nacional, as Assembléias Legislativas Estaduais e as Câmaras Municipais de todo o país. Jesus, o nosso guia e modelo, jamais buscou o poder político para divulgar e implantar os seus ensinamentos. É bom frisar também que o Mestre, quando esteve entre nós, atendeu antes de tudo aos interesses do Pai Celestial junto ao coração humano, sem que para isso necessitasse de portarias ou decretos. Os discípulos sinceros de Jesus não necessitam de cargos eletivos na política para cumprir sua missão neste mundo.

O Espírita, como todo e qualquer cidadão brasileiro, é livre para escolher o seu candidato e votar em quem desejar. É claro que, consciente da sua responsabilidade, ele não escolherá os candidatos que defendam o aborto, a pena de morte, a eutanásia ou a liberação das drogas, e não escolherá os que vivam da corrupção, porque tudo isso contraria os princípios morais estabelecidos pelo Espiritismo.

Desejamos esclarecer que não há, no Movimento Espírita, nenhuma intenção de formar bancadas nos parlamentos, para não desvirtuar a verdadeira finalidade do Espiritismo, qual seja: a transformação moral da humanidade. O seu programa é de ordem educativa, moral e intelectual, desatrelado totalmente da política partidária, uma vez que ela não é de competência do Espiritismo e, além da verdade, não é de competência de nenhuma das religiões. Jesus nos deu o exemplo máximo dessa afirmação. A Filosofia Espírita permite a atuação dos Espíritas no sentido de promover a organização social ideal através da educação.

Uma outra razão reside no fato de que é necessário consolidar o estado democrático em nosso país, preservando-se a condição de estado laico. Um estado teocrático, governado pela religião, retroagiria a sociedade à Idade Média. Se tal fato acontecesse, a democracia iria para o espaço, “em nome de Deus”, tal como ocorreu no Afeganistão sob a liderança religiosa dos talibãs.

Por outro lado, alertamos para o fato de que não existem candidatos espíritas, o que não significa dizer que qualquer espírita que se orienta pelas obras codificadas por Allan Kardec esteja impedido de postular um cargo eletivo. Mas, em hipótese alguma, ele tem delegação do Movimento Espírita para falar em nome dos Espíritas.

Sendo assim, os Espiritistas não fazem acordos ou conchavos políticos, pois não dependem de verbas e nem do poder transitório do mundo para manter suas atividades religiosas e assistenciais. Do ponto de vista dos ensinamentos da Doutrina Espírita, não se deve fazer proselitismo religioso, isto é, impor sua religião a outrem, mas sim expor os conceitos espíritas, assim como também não se deve fazer proselitismo político à custa da religião.

Queremos frisar, por último, que os Espíritas, mantendo essa clara e definida posição, previnem-se contra o erro cometido por Judas. Por sua ambição política, ele acabou levando o Cristo a morrer na cruz, a pretexto de acelerar a vitória do Evangelho. É por essa razão que os Espíritas não se desviarão do ideal delineado por Allan Kardec: levar ao torturado coração humano a mensagem de esperança e de luz do Espiritismo, o Consolador prometido por Jesus."

GERSON SIMÕES MONTEIRO É PRESIDENTE DA FUNDAÇÃO CRISTÃ ESPÍRITA CULTURAL PAULO DE TARSO (FUNTARSO), OPERADORA DA RÁDIO RIO DE JANEIRO (1400 KHz AM)
E-MAIL: gerson@radioriodejaneiro.am.br

Um comentário:

  1. Meu irmão, parabéns por postar esse texto. Que as igrejas reflitam sobre o seu verdadeiro papel, e o exemplo do Cristo. Porque infelizmente o que mais temos vistas são bancadas da religião tal, ou da religião beta. Deus te abençõe meu irmão.

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