sábado, 5 de junho de 2010

Presidente da Assembléia de Deus será candidato a senador.

Manaus, AM

O Painel da Folha de S. Paulo, edição de 24.05, informa que José Wellington Bezerra da Costa, pastor da Assembléia de Deus e presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus do Brasil (CGADB), cujo 1º vice-presidente até outro dia era Silas Malafaia, será o primeiro suplente da candidatura de Oreste Quércia (PMDB) ao Senado pelo Estado de São Paulo nas próximas eleições legislativas.


Diz ainda o Painel que "a escolha teve a bênção de Gilberto Kassab, cujo DEM tem entre seus vereadores paulistanos Marta Costa, filha do pastor".

O ex-governador paulista foi alvo de várias denúncias durante seu governo, que lhe renderam vários processos na Justiça, e cuja repercussão fez com que não fosse mais eleito a nenhum cargo desde o fim de seu mandato, em 1990.

É no mínimo constrangedor que - uma vez mais - se misture religião com política, com a candidatura do presidente de uma das maiores convenções da maior denominação evangélica brasileira, ainda no calor da recente saída de Silas Malafaia da organização.

Bons tempos aqueles em que os pastores se preocupavam apenas em pregar o evangelho... Não dá nem pra acreditar!

Manifesto contra a candidatura de pastores.

Manaus, AM

Bastam as eleições se aproximarem, que se torna absolutamente comum vocês aparecerem em nossas igrejas afirmando que receberam um chamado especial da parte de Deus para se candidatar a algum cargo publico. Entretanto, a história recente do Brasil nos mostra que a chegada de políticos evangélicos a cargos públicos não têm feito diferença na ética política do país, isto porque, o universo político evangélico não constitui, uma referência ética à sociedade brasileira. Basta ver que, nos últimos anos, o envolvimento da maioria dos evangélicos com a política produziu mais males do que benefícios.


Prezados senhores, sem a menor sombra de dúvidas o último escândalo envolvendo "evangélicos" em Brasilia, aponta o momento nevrálgico que vivemos.

Lembro que certa feita enquanto oficializava uma cerimônia fúnebre, um de vocês solicitou-me uma pequena oportunidade para que publicamente pudesse demonstrar sua solidariedade a família enlutada, além obviamente de falar de sua candidatura à Câmara Municipal da Cidade. Fato que obviamente não permiti.

Pois é, em época de eleição é comum receber a solicitação de alguns de vocês os quais em nome de “Deus”, advogam a crença de que o Todo-poderoso os convocou a uma missão hercúlea, a qual somente vocês conseguirão viabilizar.

Caro pastor-político evangélico preciso lhe falar uma coisa: Eu não acredito em messianismos utópicos, nem tampouco em pastores especiais, que trocaram o santo privilégio de ser pregador do Evangelho Eterno por um cargo público qualquer. Aqueles que me conhecem sabem que não advogo a idéia que comumente tem tomado conta de parte dos evangélicos nos dias de hoje. Não creio na manipulação religiosa em nome de Deus, não creio num messianismo onde a utopia de um mundo perfeito se constrói a partir do momento em que crentes são eleitos, não creio na venda casada de votos, nem tampouco no toma-lá-dá-cá onde eleitores são trocados por benesses de politicos.

Isto posto afirmo categoricamente que repudio veementemente suas atitudes, seu fisiologismo além obviamente da safadeza que lhes é comum.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Evangélicos protestam contra "igrejas capitalistas"

Manicoré, AM

(da Folha Online)
Com bandeiras e camisetas que diziam "Marcha pela ética evangélica brasileira. O $HOW tem que parar", cerca de 20 pessoas realizaram um protesto contra lideranças evangélicas durante a Marcha para Jesus.

O alvo dos manifestantes era a teologia da prosperidade, professada por algumas das principais lideranças evangélicas do país, dentre elas a Renascer em Cristo.

"O que estamos vendo é a proclamação de um evangelho monetário. E a Bíblia não é um veículo de lucro", disse Paulo Siqueira, idealizador do protesto.

Teólogo e membro da Igreja do Evangelho Quadrangular, ele afirma que a maior parte das igrejas evangélicas no Brasil virou capitalista.

"Não há lugares para os pobres dentro da igreja. A igreja se tornou um veículo de elitização. Falam de prosperidade, de troca monetária. Se você é pobre, oferte, dizime, e, enquanto isso, muitos pobres padecem no país", diz ele.